Escola Empreendedora

Escola Empreendedora: Um processo visionário

 

 
A escola empreendedora, embora contenha alguns traços de prescrição, como centrar o processo estratégico no presidente da empresa, contrariou as escolas anteriores ao basear o processo nos mistérios da intuição. Assim, a estratégia e sua formulação passam de projetos, planos e posições precisas para visões vagas ou perspectivas amplas, as quais são vistas por meio de metáforas. Nessa concepção estratégica, o líder mantém o controle sobre a implementação de sua visão formulada , sendo o detentor de todo o processo estratégico. Portanto, a estratégia estaria resumida a um processo visionário do líder.
Algumas premissas podem ser descritas:







 
  • nesta escola, a estratégia surge na mente do líder como perspectiva, especificamente um senso de direção a longo prazo, uma visão do futuro da organização;
  • a estratégia é um processo semiconsciente enraizado na experiência e na intuição do líder;
  • na escola empreendedora, o líder promove a visão de forma decidida, mantendo o controle pessoal da implementação;
  • a visão estratégica é maleável, assim, a estratégia empreendedora tende a ser deliberada e emergente;
  • a organização também é maleável, uma estrutura simples sensível às diretivas do líder;
  • a estratégia empreendedora tende a assumir a forma de nicho, um ou mais bolsões de posição no mercado protegidos contra as forças de concorrência direta.

 
Case: Atitude Empreendedora da BrasilPrev – Empreendedorismo Corporativo de verdade
 
Durante dois anos, Roberta Lippi, coordenadora de Comunicação Corporativa da Brasilprev e atual líder do Vida Ativa, comandou o pilar atitude empreendedora, que promove o comportamento empreendedor na empresa, alinhado à estratégia corporativa. Antes de iniciar a implementação de ações voltadas ao empreendedorismo, o grupo atitude empreendedora buscou compreender melhor o tema por meio de capacitação e do relacionamento com professores e especialistas. “Esse era um assunto novo, que demandou muita dedicação do grupo, justamente por não existir no mercado algo que fosse próximo ao que esperávamos implementar”, conta Roberta. Com maior conhecimento do assunto, o time decidiu por uma atuação voltada à toda empresa, para mostrar que todos, independentemente do perfil, podem ser empreendedores corporativos.
No período de dois anos, o grupo divulgou para os funcionários o conceito da atitude empreendedora, incentivando os colaboradores a pensar diferente, inovar, gerar valor e observar melhor o próximo. Para isso, realizou palestras e ações de comunicação interna, além de dois importantes movimentos que obtiveram forte adesão da empresa:
1. A campanha da Atitude Empreendedora, de 2005 a 2006, teve como meta fazer com que os colaboradores enxergassem atitudes empreendedoras em seus colegas. Mais de 250 atitudes foram indicadas. Além de mobilizar a companhia em torno do tema, estimulou o reconhecimento entre os funcionários; e
2. A ferramenta Fábrica de Idéias, lançada em fevereiro de 2007, cujo objetivo é fazer com que as idéias geradas, que tragam melhorias e inovações, sejam registradas e efetivamente saiam do papel, por meio de ações de equipes de trabalho.
Com esses trabalhos realizados, a Brasilprev obteve reconhecimentos importantes, como o prêmio Empreendedor Corporativo, realizado pela revista Exame em parceria com o Instituto Brasileiro de Intra-empreendedorismo, por dois anos consecutivos. Além disso, a pesquisa de clima da empresa apontou resultados expressivos nos quesitos de indicadores de inovação (considerados favoráveis por mais de 80% dos funcionários, nos últimos dois anos).
Apesar do grande apoio e incentivo recebidos pela alta direção da Brasilprev, a equipe enfrentou algumas dificuldades para implementar o projeto. “Os principais desafios foram: Fazer as pessoas perceberem que essas ações agregam valor aos negócios, a resistência mostrada por alguns gestores e obter o comprometimento de todos os integrantes do grupo”, afirma. Ela ainda ressalta o aprendizado obtido com a experiência, que surpreendeu até os mais céticos da organização. “A grande lição foi perceber que, quando as pessoas são estimuladas, são capazes de fazer coisas que nunca imaginaram”. O Atitude Empreendedora prova que incentivo e estímulo são os principais ingredientes de um programa de Empreendedorismo Corporativo de verdade.

Um comentário:

  1. A escola empreendedora define empresas que acreditam que seus funcionários possam fazer a diferença, se forem ouvidos, tiverem treinamentos e reconhecidos. O Case nos mostra uma empresa que obteve sucesso com essa escola. A empresa acreditou e treinou os funcionários para que eles desenvolvesse novas idéias para melhoria da empresa e inovação no serviço prestado.

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